Leio que o orçamento da União, em 2021, terá cortes na Educação, na ordem de 18,2% em relação à 2020, chegando a um total de R$102,9 bilhões. Em compensação, o Ministério da Defesa terá orçamento de R$108,56 bilhões, na edição 2021, num aumento de 48,8% maior que o ano 2020.
Uma simples comparação nos faz
entender porque o Lula foi lembrado tantas vezes para o prêmio Nobel, e porque
recebeu tantos títulos honoris causa pelo mundo afora, enquanto o Bolsonaro, no
máximo, pode ser indicado para o prêmio Ignóbil e só é lembrado em algum
estabelecimento de ensino, pelo mundo, à título de piada.
Vejamos:
Os governos de Luiz Inácio Lula da
Silva e Dilma Rousseff revolucionaram a educação no Brasil, fazendo crescer o
número de jovens que ingressaram no ensino médio na idade certa, aumentando o
acesso ao ensino superior e com as universidades chegando ao interior do país,
e os professores ganharam um piso salarial. O orçamento para a pasta, em 2003,
era de R$ 18,1 bilhões, saltando para R$ 54,2 bi, em 2010, quase três vezes o
valor, em oito anos de governo Lula. Se considerarmos até 2016, ano em que
Dilma sofreu o golpe, o montante atinge 100 bilhões.
O programa Bolsa Família, que teve
papel preponderante no processo de democratização da economia, ao condicionar o
recebimento do benefício à frequência das crianças na escola, extrapolou o
aspecto da transferência de renda para se tornar um incentivo ao ensino.
Em 2007, criou o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para avaliar a qualidade do ensino
nas escolas públicas e, assim, desenvolver ações para superar os principais
desafios encontrados. Entre 2007 e 2013, o Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE) destinou recurso para mais de 37 mil escolas, priorizando aquelas com
Ideb abaixo da meta nacional. No total, o governo federal investiu R$ 1,4
bilhão para os planos de ação de cada uma dessas escolas. Outro programa ligado
ao PDE, o Caminho da Escola, renovou e ampliou a frota de veículos escolares da
rede pública. Para atender o maior número possível de crianças, principalmente
aquelas que vivem em lugares distantes, foram disponibilizados 40 mil veículos.
O programa também distribuiu bicicletas e lanchas, de acordo com a necessidade
de cada região.
Com o Mais Escola, outro programa
criado pela gestão Lula, ampliou-se a jornada de 57 mil escolas públicas para,
no mínimo, 7 ou mais horas diárias, um investimento de R$ 4,5 bilhões. Além das
disciplinas regulares, são oferecidas atividades como acompanhamento
pedagógico, educação ambiental, esporte e lazer, direitos humanos em educação,
cultura e artes, cultura digital, entre outras.
Foi criado o Prouni, o maior programa
de concessão de bolsas para o ensino superior do mundo. Até 2015, 2,55 milhões
de pessoas tiveram acesso a universidades pagas. E pelo Fies, fundo de
financiamento para ensino superior privado já existente, mas reformulado e
fortalecido, foram 2,14 milhões os beneficiados.
No governo Lula, também foi
idealizada a Reestruturação e Expansão de Universidades Federais. Processo de
expansão sem precedentes na história do Brasil, o Reuni permitiu que a
universidade pública chegasse ao interior do país. Em todo o Brasil, graças ao
programa, foram criados 173 campi universitários e 18 universidades federais. O
número de matrículas duplicou, de 2003 a 2014: de 505 mil para 932 mil. O
número de professores universitários da rede federal também aumentou no
período, de 40,5 mil para 75,2 mil.
Dá para entender bem a diferença...
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