Soylent Green - O Filme
A vida teimando em imitar a arte
A propósito da ração para gente pobre, proposta pelo Prefeito de S.Paulo, João Dória, recomendo o filme 'No ano de 2020', ou Soylent Green (nome original). Em 2022, a Terra está superpovoada e totalmente poluída. Os recursos naturais se esgotaram e a alimentação da população é fornecida pelas indústrias Soylent através de um alimento feito de plâncton dos oceanos. Em New York, ao investigar o assassinato do diretor da Soylent, William R.Simonson, o detetive Thorn (Charlton Heston) descobre que os oceanos, assim como os recursos do planeta, estão exauridos, e absolutamente poluídos, e que existe uma teia de corrupção que envolve eliminação de pessoas em massa. Porém o mais bizarro e perturbador é a descoberta do segredo do ingrediente usado para fabricar o Soylent Green: Carne humana, com o aproveitamento da grande quantidade de gente que morre, diariamente, principalmente entre a população pobre. “Soylent Green” é um dos melhores filmes de ficção científica que vi na minha vida e, pelo visto, não envelheceu. Ao contrário, atualíssimo. O escritor Harry Harrison e o roteirista Stanley R.Greenberg merecem o Oscar, pela capacidade de previsão do futuro caótico lá em 1966, quando escreveram a
história. Poluição, canibalismo, corrupção, crueldade, oportunismo... Como se vê, a vida imita a arte. E não é uma simples coincidência.
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